sexta-feira, 13 de junho de 2008

Negócios suspeitos sob as asas Varig


Guilherme de Castro, Eduardo Melo e Tiago Viegas


Internautas, hoje vamos falar sobre a cobertura jornalística com relação à denúncia de suposta irregularidade na compra da empresa Varig pelo grupo Varig Log.

A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu afirmou ao jornal “Estado de S. Paulo” que a Casa Civil pressionou a Anac para aprovar a venda da companhia aérea ao fundo norte-americano Martlin Patterson associado a três empresários brasileiros, acionários da VarigLog.

Segundo Denise, a ministra Dilma Rousseff defendeu a omissão da nacionalidade dos recursos empregados pelos novos líderes da empresa e a participação de cada um nas ações da viação aérea, a fim de burlar a legislação brasileira.

Para nós, é legítimo o foco jornalístico sobre a legalidade ou não da compra da Varig. Mas falta o principal: os veículos não questionam os órgãos públicos responsáveis pelo serviço aéreo brasileiro a respeito da estrutura deficiente da aviação no país.

Esperamos que a resposta não venha por meio de mais um desastre aéreo como o da Serra do Cachimbo ou do Aeroporto de Congonhas.

Eco-economia







As notícias de meio ambiente dos jornais Folha de São de Paulo e Estado de São Paulo estão pautadas no caderno de Economia. O curioso é que o referencial é diretamente ambiental, e não necessariamente financeiro. A edição de hoje de FSP é um bom exemplo. O título da matéria: “Lobão diz que mudança em Jirau gera ganho ao ambiente”. Apesar do título com referência ambiental, e a matéria estar dentro do caderno de economia, o conteúdo da matéria é de...política.
A notícia, basicamente declaratória, é pautada a partir de afirmações de dois ministros.


O lide é o ministro de Minas e Energia. “O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem à Agência Brasil que a proposta de alteração do projeto original para a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO), anunciada pelo consórcio vencedor do leilão, representa um "ganho ambiental e não um prejuízo". O jornal não informou com precisão o que seria um ganho ou prejuízo à região. Limitou-se a uma outra afirmação, dessa vez do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. “Segundo o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), o Ibama recebeu anteontem a justificativa da mudança do local da usina. "Essa decisão [sobre o deslocamento] vai ser rápida, objetiva e calcada em pareceres técnico", disse.


E foram justamente as declarações dos ministros a notícia de Meio Ambiente em Estado de São Paulo. O jornal optou pela parte política, sem sequer citar que as mudanças no projeto podem trazer prejuízos ou benefícios ao meio ambiente.
“Se depender dos discursos dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, as brigas entre os dois ministérios são coisa do passado. Numa demonstração de que pretende trabalhar em parceria com Lobão, Minc anunciou ontem que o Ibama deverá antecipar a emissão da licença de instalação da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, permitindo o início das obras.

E a intriga política continuou:

O ministro Edison Lobão aproveitou a solenidade para elogiar o colega do Meio Ambiente. “Tenho uma aliança com o Minc, que é indestrutível. Não há intriga que nos faça separar”, declarou . Lobão disse que a relação com a ex-ministra Marina Silva não era ruim. “Mas devo admitir que melhorou significativamente com o novo ministro, que tem visão muito próxima da minha no que diz respeito à rapidez com que as licenças devem ser examinadas.”

SPORT X CORINTHIANS




O leão pôs as garras de fora



Fugindo do circuito Rio – São Paulo, um time do Nordeste conquista a copa do Brasil.

Nesta quarta-feira, dia de decisão pela Copa do Brasil, muitos se surpreenderam com a força do leão.O Sport venceu o Corinthians por 2 a 0 e conquistou o título. Além disso, quem vencesse garantia classificação para a Libertadores da América em 2009.
Chegar a essa posição não foi fácil. O Sport teve que enfrentar times fortes como Vasco, Palmeiras e Internacional. Mas passou por todos eles e conquistou o campeonato.
Agora vamos ao jogo. Segundo a Folha de São Paulo a partida começou equilibrada e o Sport não se mostrou intimidado diante do Corinthians, mas jogou mais recuado. Já o Corinthians, marcou muito bem e impediu que o Sport pressionasse a defesa, mas não obteve sucesso.
O site do Correio trouxe também um “recado” do jornal Diário de Pernambuco: "Alguns dias demoram mais do que os outros. Hoje, acreditem, o tempo não vai andar. Estamos vivendo um dia que nunca irá acabar. Que vai morar para sempre na memória de cada torcedor do Sport". Festa para o time pernambucano.

Bianka de Sousa

Ao vencedor, tudo!

Vou ter que concordar com o técnico do Corinthians, Mano Menezes, sobre as manchetes de futebol após o resultado do jogo entre Sport e Corinthians na quarta-feira passada (11): “a quem ganha todo o mérito, a quem perde, nada”. Pelo menos foi essa a percepção diante da análise da matéria veiculada pelo Globo Esporte, na TV Globo, na quinta-feira (12). Essa foi a única aparição do time que perdeu.
Com uma longa matéria sobre o time vencedor da Copa do Brasil, o Sport, a reportagem foi a primeira a ser exibida no programa. Vestiário dos jogadores, imagens do troféu, sonoras de jogadores, do goleiro, do técnico do Sport, Nelsinho Batista, uma mostra do jogo e da animada torcida. Tudo demonstrou a euforia dos jogadores e de todos que torciam pela vitória inédita do time pernambucano


Aline Hanriot




Jornalista torcedor, coisa imoral
Expressar opinião ao transmitir jogos tem sido atitude comum em coberturas esportivas

Os fãs do esporte, mais especificamente do futebol, sempre reclamam, “Este juiz é ladrão”, “aquele bandeirinha rouba pra mãe dele, não marcou o pênalti”, “a arbitragem no geral foi péssima”. Não se ouve apenas isto numa partida, muitos reclamam. “Você viu como o narrador gritou com mais vontade o gol do time tal, ou como ele falou com mais entusiasmo do jogador x”. Coisa comum hoje em dia, a parcialidade tomou conta do futebol e tem sido o centro de boas discussões em botequins, faculdades, trabalhos e etc e etc.

Tudo bem, tudo bem. Jornalistas também podem torcer, está certo. Mas daí a deixar clara em plena cobertura esportiva, o time para o qual torcem ou o jogador que mais admiram é demais né. Foi com um início incomum que o jornalista Luciano do Vale deu partida ao seu programa Apito Final, na TV Bandeirantes. Ele começou a transmissão com uma crítica clara aos “colegas” de profissão, por conta de sua cobertura tendenciosa à partida Sport e Corinthians.

“Isso não é jornalista, é radialista”, esta foi umas das afirmações de Luciano que exaltado, exclamava que estes caras precisavam fazer faculdade para trabalhar. “Eles não têm diploma”, afirmou. Correta ou não a postura de Luciano, o importante disso tudo é perceber que determinados conceitos do jornalismo não devem mudar, que a imparcialidade é necessária e inflexível. Mas vamos lá Luciano, também não era para tanto, todo mundo sabe de seu passado. Afinal, você não é conhecido como um dos jornalistas mais imparciais da TV, mas valeu o recado.

Alan Paulo




Jornalismo esportivo é apenas futebol?


Por que ver um dia depois no jornal impresso o resultado de um jogo de futebol que foi transmitido ao vivo pela televisão e rádio? O que teria de diferente nas paginas do jornal tradicional? Será que algum detalhe que as lentes não conseguiram pegar e o jornalista que estava de serviço para o impresso teria conseguido ver? O jornalismo esportivo no Brasil resume-se basicamente a futebol. Quase não se vê reportagens de outros esportes. O impresso ganharia mais se investisse nos esportes menos comentados, como por exemplo, trilhas e Box. Os pugilistas são lembrados apenas em ocasiões especificas, como por exemplo, no Pan. Depois disso eles tiveram espaço no jornalismo?
Se o jornalismo esportivo do Brasil trabalhasse com os outros esportes eles ganhariam novos leitores, telespectadores ou ouvintes. Os atletas de esportes menos divulgados ganhariam notoriedade com a cobertura jornalística mais democrática.



Victor Cabral

Mais um poço de petróleo é descoberto pela Petrobras

Foi antecipado ontem, 12, pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a descoberta de petróleo na chamada "camada de pré-sal", em águas ultraprofundas da Bacia de Santos. Segundo o ministro, as reservas de petróleo do Brasil são maiores do que a Petrobrás e o governo revelaram até agora.

Crítica:

O jornal Estadão deu mais destaque a matéria, ela é mais extensa, que o outro jornal analisado, e contém partes de uma nota divulgada pela assessoria do Ministério do Trabalho, com aspas do ministro. Na matéria o ministro falou aos jornalistas que eles ficarão sabendo nas próximas semanas, sobre a quantidade de Petróleo que o Brasil possui e afirmou ainda que isso é tema do Ministério de Minas e Energia e que não pode falar mais nada sobre o assunto. Foi divulgado ainda na matéria que fontes teriam revelado que o reservatório de óleo seria ainda maior do que o de Tupi, o bloco mais promissor até agora, com reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris. Ou seja, a matéria explica o assunto em cima das aspas do ministro e não dá detalhes sobre a descoberta de petróleo, sobre o que é camada pré-sal e por ai vai.

A matéria do outro jornal analisado G1, está mais explicativa tirando as dúvidas dos leitores em relação à profundidade do poço, aonde foi encontrado o petróleo e ainda traz o recurso do mapa apontando a distância entre o poço e a costa. O site usa também o recurso de link que explica os diferentes tipos de petróleo. A única aspa existente na matéria é a do diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires.

Alunas: Gabriela Gralha, Maria Thereza e Roseane Teixeira

O NOVO IMPOSTO PARA SAÚDE

Cobertura Online

G1Estadão.com
A cobertura sobre a aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) lembra outras situações que mobilizaram a imprensa anteriormente. A cobertura do mensalão e uma mais atual, a crise envolvendo a governadora do Rio Grande do Sul (RS), são exemplos de coberturas semelhantes. A analogia se dá pelo viés. Em todos os casos é perceptível a “amnésia” dos veículos. Explico. No caso da CSS, ao comparar, com toda propriedade, a nova “contribuição” à CPMF, esquecem-se de que quem criou a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira não foi o atual Governo. E assim passaram toda semana acusando o Lula de trazer de volta o que já estava morto. Acredito que bastava dizer que a cobrança é um absurdo e que é necessário acabar com os assaltos aos cofres públicos. Lembrando do mensalão percebo que eles esqueceram, durante a cobertura, de lembrar que o mensalão nasceu em minas, entrando no cenário político pela direita e não pela esquerda. E pra terminar, esquecem que o pedido popular de impeachment de Yeda Crusius (PSDB) não é pra transformá-la em vítima e sim, caso não se lembrem, para justificar o sentido de ética ante a políticos que usam de tudo para chegar e manter o poder.

Cobertura imprenso

O Estado de São Paulo fez uma cobertura ampla. Os empresários e o presidente do Senado forma escutados. Dando uma boa perspectiva do que a Contribuição Social para a Saúde (CSS) causará na sociedade brasileira. Porém o jornal deixou prevalecer o seu lado conservador, pois somente os lados negativos do novo imposto foram colocados. O assunto também foi levado para o lado da disputa para a prefeitura de São Paulo. Mostrando as farpas trocadas entre Alckmin e Marta Suplicy em relação ao imposto. O Correio Braziliense foi mais neutro, deu espaço para os benefícios que a CSS traria para a saúde. Um interessante infográfico foi colocado na matéria, informando aos eleitores como cada partido votou na criação do novo tributo.

TV

O Jornal Nacional levou a informação aos telespectadores de maneira simples e objetiva. As críticas chegam de todos os lados. Mesmo assim, os aliados do governo insistem em ressuscitar o imposto do cheque e agora dizem ter encontrado uma espécie de atalho para aprovar a proposta no Congresso. No Palácio do Planalto, a preocupação é que o Congresso garanta uma fonte de recursos para a saúde. A cobrança foi feita pelo presidente Lula em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

A cobrança da CMPF terminou no dia 31 de dezembro do ano passado. Ainda assim, no quarto mês de 2008, o governo bateu o quarto recorde de arrecadação de impostos. Em abril, foram mais de R$ 59 bilhões – 11,44% a mais do que no mesmo período do ano passado.Já a TV Band, foi mais rápida ao passar a notícia . Semana decisiva para o Governo. A nova CPMF deve ser votada na Câmara, nesta terça-feira. Mas, a oposição promete jogar duro para evitar a aprovação do imposto.

Bruno Nascimento
Felipe Romero
Márcia Lima

Futebol europeu para jornalista brasileiro ver

Editoria: Esportes
Grupo: Bianca Moura, Marcella Cibreiros e Patrícia Álvares

Já diz o ditado popular que esporte, política e religião não se discutem. Então imagino a dificuldade de um jornalista de discutir sobre o primeiro assunto, quando envolve o seu time do coração. Quando é Copa do Brasil nem se fala, a tão discutida imparcialidade jornalística dá espaço para uma das grandes paixões nacionais. Mas quando o tema em pauta é a EUROCOPA? Não é nenhum time brasileiro, multidões desse lado do oceano não se reúnem na frente da TV para acompanhar as partidas.
Esses podem ser alguns dos motivos para comprovar que não há razão para não existir imparcialidade da parte dos jornalistas. Errado. A começar pelos blogs de esportes. Juca Kfouri já admitiu que seu coração bate mais forte por um time paulista, mas no começo do campeonato europeu escreveu um texto, muito bonito por sinal, sobre a goleada da Holanda em cima dos franceses. Em seu blog não existe imparcialidade nenhuma, mas ainda pode ser relevado, já que o espaço serve justamente para isso. Mas no seu programa diário na rádio CBN, ele exprime as mesmas opiniões. Se ele puxa a sardinha para um lado, o seu maior concorrente no ramo puxa para o outro. Milton Neves no seu programa também diário na Band News narra “imparcialmente” todos os fatos, até o final quando termina sempre com um comentário pessoal. Sua opinião. Na TV, a imparcialidade dura um pouco mais, até a final do campeonato, quando o homenageado ganha todas as regalias.
Holanda vence por 4x1 da França na primeira fase do campeonato. É a mesma França, que já tirou o Brasil de duas copas e tinha um craque chamado Zidane. Glorificada com uma das melhores seleções, essa semana foi massacrada inesperadamente pelo adversário, e também, como não pode deixar de ser, pela tão massacradora mídia. Inclusive a do lado de cá do oceano. Futebol é coisa que não se discute, só assiste e escreve, com o máximo de imparcialidade possível, se é que existe isso nesse meio. Quando se trata de uma das paixões nacionais, as pessoas perdem a razão, até mesmo os jornalistas.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A saúde antes do CSS

O tema mais recorrente sobre a saúde é sem sombra de dúvidas a volta do ICMS. Vestido de CSS ou Contribuição Social para a Saúde, ele foi aprovado ontem (10/06) na votação da Câmara. Na semana passada, entretanto, o Ministro José Gomes Temporão declarou durante a abertura do 2° Seminário Internacional de Regulação da Saúde Suplementar, no Rio de Janeiro, que havia outras formas de garantir recursos.

A frase motivou manchetes em todo país. No jornal on-line Zero Hora, de Porto Alegre, o tema foi retratado pelo viés do otimismo do ministro, que enxergava várias saídas para o problema. Na manchete a frase nem sequer foi mencionada: “Temporão pede a deputados sensibilidade na votação da nova CPMF”. Ao longo do texto, a informação aparece, de maneira discreta, quase que tranqüilizando o leitor. Como quem conta: o ministro pede votos de aprovação. Ele está otimista com a vitória, porém, se tudo der errado existem outras saídas.

No veículo, também on-line, Correio Braziliense a matéria descarta a importância do novo imposto logo no título, em: “Temporão diz que CSS não é primordial”. Ao longo da matéria entende-se que os recursos são quase desnecessários uma vez que existem outras fontes de arrecadação.

Certamente Temporão só exprimiu este pensamento uma vez. Suficiente para ser abordado por caminhos diferentes. Diversas possibilidades, como ele mesmo propunha! Um leitor mais distraído, lendo apenas o primeiro veículo ficaria com a leve sensação de que o imposto seria importante, mas dormiria tranqüilo caso não fosse aprovado. Pois há alternativas. O mesmo não aconteceria na matéria do segundo veículo citado, o Correio Braziliense. Com ela, o leitor provavelmente ficaria um tanto irritado de ver a implementação de algo que nem o próprio ministro julga ‘primordial’ para resolver problemas.

Julia Borba

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Caso Fritzl


O caso no começo de abril estava sendo falado pela mídia online a toda hora, hoje, 6 de junho, se tentarmos nos atualizar sobre o assunto, encontramos uma notícia atual.

O site de notícias, g1 e o estadão atualizam o tema contando sobre "onde anda fritzl". Os repórteres falam que a justiça estendeu a prisão do senhor de 73 anos por mais dois anos e que muito provavelmente só irá ser indiciado em setembro.

Mas e até lá? Onde está a vítima Elizabeth? Ninguém mais quer saber como ela está? Nem entrevistá-la? E a filha que está internada? O que aconteceu com ela essa semana?

A repercussão do caso foi tão grande, que a mídia online usou o mesmo para fazer comparações com o da menina Natasha Kampusch e também com o do homem argentino Eleuterio Soria, que foi apelidado pela imprensa de "austríaco argentino".

A mídia online quando o assunto ainda está quente, faz de tudo pra dar qualquer notícia sobre o assunto, mas com o passar do tempo, as coisas são simplesmente esuqecidas e atualizadas quase como uma obrigação. E quem quiser saber sobre o assunto que ache outro meio.


Vanessa Kliemann

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Até quando vamos resistir?




Investidas estrangeiras são cada vez maiores sobre o maior bem nacional

O que o Brasil pensa sobre a investida do capital estrangeiro na Amazônia? Que medidas a República está tomando para frear a campanha ostensiva de entidades internacionais que financiam e incentivam a compra de florestas públicas no Brasil? São com essas perguntas que a Agência Amazônia de Notícias inicia a matéria sobre a venda de terras na Amazônia.

O New York Times questiona a soberania do Brasil. Indiferente às leis soberanas nacionais, o jornal mais influente dos Estados Unidos insinua que a Amazônia deveria ser propriedade das nações.

Volta e meia surgem na impressa discussões sobre a quem pertence a Amazônia. O assunto é bem polêmico e estava caindo no esquecimento da população brasileira, mas a venda de terras na Amazônia a estrangeiros que recebeu grande destaque durante a semana passada resgatou o assunto.

Este tema foi o centro de várias discussões, fóruns e seminários que debatem a importância da preservação, o alto valor do bem natural, entre outros temas. A equipe do Fantástico divulgou uma longa reportagem sobre isso, no domingo passado (1º), comentando inicialmente sobre o relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que levanta suspeita sobre a atuação da ONG Cool Earth em áreas públicas da Amazônia. Segundo a reportagem da Agência Amazônia, esse mesmo empresário, que é um braço-forte do governo britânico, decidiu pôr um preço na Amazônia: US$ 50 bilhões.

A repórter do Fantástico foi até Londres entrevistar o diretor da ONG e empresário sueco, Johan Eliasch, apontado como o maior comprador de terras amazônicas.

Não há dúvidas que a Amazônia é do Brasil, entretanto, parece que outras nações não pensam da mesma forma. A matéria mereceu todo o destaque por ser um assunto de interesse social.

É um absurdo a nossa floresta ser retalhada independente do preço a estrangeiros, ainda mais com suspeita de ilegalidade. A Amazônia é do Brasil e a defesa dela é a defesa da soberania nacional.

Alan, Aline, Bianka e Victor

Ciclo vicioso

Cecília Lopes, Gabriel Guimarães, Heloisa Caixêta e Milton Junior

. Aumento do consumo mundial de energia
. Produção incompatível de alimentos
. Aumento dos preços dos alimentos
. Taxa Selic sobe para 12,25% ao ano
. Queda de consumo
. Economia nacional estabilizada
. Consumismo em alta
. Aumento do consumo mundial de energia...


Dois assuntos foram os protagonistas desta semana em economia: inflação e aumento do preço dos alimentos. Considerando a globalização o resultado é algo absolutamente natural. Conseqüências, apenas conseqüências.
A mídia não tem poderes para ir além do que vem fazendo. Alertar o público sobre as reflexos dos seus atos. Poluição, gera o aquecimento global. Consumismo exacerbado gera:

. Aumento do consumo mundial de energia
. Produção incompatível de alimentos
. Aumento dos preços dos alimentos
. Taxa Selic sobe para 12,25% ao ano
. Queda de consumo
. Economia nacional estabilizada
. Consumismo em alta
. Aumento do consumo mundial de energia...

Obama X Mccain

Portal BBC Brasil e G1

O Portal BBC Brasil deu uma ampla cobertura para as prévias das eleições americanas de novembro. Desde o começo do ano várias reportagens mostraram o desenrolar das prévias democratas e republicanas. O BBC Brasil teve matérias que iam além do que era mostrado nas outras mídias, pois se aproveitando do seu prestígio internacional conseguiu um lugar privilegiado de fontes dos ambos os lados das prévias. O time de repórteres é outro ponto forte, nomes como Lucas Mendes e Caio Blinder fizeram boas análises da vitória de Obama. O portal G1 também foi fundo nas análises, a renúncia de Hillary Clinton teve destaque com várias matérias. Nelas foram enumeradas as principais dificuldades que Obama terá para vencer John McCain nas eleições de novembro. Destaque para o mapa com tecnologia “flash” para informar os leitores em quais estados cada candidato ganhou.


TV

Jornal Hoje
Jornal do SBT

Há algumas semanas, a disputa dentro do partido Democrata pela indicação para concorrer à presidência dos Estados Unidos em novembro, vinha tomando ares de já ganhou nos telejornais. Analistas, âncoras e repórteres mais afoitos davam como certa a vitória de Barack Obama sobre Hillary Clinton. Esta semana Obama ultrapassou os 2118 delegados necessários para a nomeação, confirmando assim, a previsão dos jornalistas de plantão. Assim que o senador se declarou como candidato Democrata, começaram as especulações para saber quem será o vice. Como prêmio de consolação, alguns jornais mostram toda a sua preferência por Hillary, sendo taxativos em suas análises ao afirmarem que só com Clinton ele chegará à Casa Branca.

Vitória de Obama nas primárias
Folha de São PauloCorreio Braziliense

A cobertura do Correio Braziliense da vitória de Barack Obama sobre Hillary Clinton nas prévias do Partido Democrata para a eleição de novembro mostrou mais preocupação em traçar perspectivas para a disputa entre democratas e republicanos do que em recapitular a disputa entre os senadores democratas. A Folha de SP preocupou-se em tratar do futuro de Hillary nas eleições, trazendo a informação de sua possível candidatura à vice-presidência dos EUA. O jornal paulistano trouxe declarações de John Mccain, adversário de Obama na eleição, tratando o democrata como favorito para o pleito. O Correio traçou retrato geográfico da disputa pela presidência, trazendo os estados "mais importantes" para a disputa, aqueles que costumam decidir as eleições pela histórica indecisão entre democratas e republicanos. Ambos os jornais trouxeram números que apontam empate técnico entre Mccain e Obama. O Correio Braziliense pecou ao trazer uma abordagem mais interpretativa da notícia, enquanto a Folha de São Paulo abordou a notícia de forma mais factual.

William Granjeiro
Felipe Romero
Bruno Rocha
Márcia Lima

Procurador-Geral de Roraima é preso por suspeita de pedofilia.


Grupo: Gabriela Gralha, Maria Thereza e Roseane Teixeira.

O procurador-geral de Roraima, Luciano Alves de Queiroz, foi preso nesta sexta-feira acusado de participar de um esquema de tráfico de drogas e prostituição infantil. Ao todo, as oito pessoas envolvidas foram presas.

Crítica:
O jornal que apresentou mais destaque na capa foi o Correio Braziliense, porém, quando se vai ler a notícia, é extremamente resumida. A matéria começa com a prisão do então procurador-geral e das outras sete pessoas envolvidas. Depois fala sobre a reação do governador de Roraima, que se lamenta pelo ocorrido e logo em seguida cita, como uma retrospectiva que foi o Procurador-Geral que suspendeu, em março, a Operação Upatakon 3, para a retirada de não-índios da terra indígena Raposa Serra do Sol.

Na Folha On-Line, a matéria tem pouco destaque inicialmente, mas é bem mais detalhista. Fala sobre a prisão das oito pessoas, que horas a operação Arcanjo foi deflagrada, como a investigação começou - através de denúncias e imagens que comprovam o envolvimento dos acusados em pedofilia.. A matéria tem o cuidado de não citar o nome das crianças e nem dos responsáveis por elas, cumprindo o ECA, quantos oficias da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança participaram da operação e dedica um tópico só para falar da reação do governador de Roraima e a decisão de afastar o procurador-geral do cargo.

Mas, a matéria mais completa foi feita pelo jornal O Globo, que foi cheia de detalhes e bem explicativa, contextualizando a notícia e falando sobre o rumo que ela tomará. A matéria começa falando sobre a prisão dos envolvidos. Coloca ainda os crimes pelos quais a “quadrilha” está sendo acusada: prostituição infantil, estupro presumido, exploração infantil, corrupção de menores e atentado violento ao pudor. Fala que as crianças envolvidas estão viciadas em cocaína e que pertencem a famílias humildes de Boa Vista. Cita as imagens do procurador pegando crianças e levando para motéis, sobre as conversas telefônicas gravadas e quanto ele pagava por cada programa. Fala também sobre a Operação Upatakon 3, sobre a reação do governador de Roraima e termina dizendo que as crianças serão ouvidas e os pais serão chamados para prestar esclarecimentos.

Sem transporte e sem voz

Por Alexandre Luiz, Eduardo Melo, Guilherme de Castro e Tiago Viegas


Foto: Denise Benevides/GDF
Hoje vamos falar sobre a paralisação dos rodoviários na última segunda-feira e sobre a possível greve dos mesmos. Funcionários de empresas de ônibus, governantes e empresários apresentaram reivindicações. Nos veículos jornalísticos analisados, não encontramos os pedidos das pessoas que utilizam o transporte público do Distrito Federal. Elas deveriam ter espaço na mídia durante a cobertura da possível greve. Afinal, os usuários são os maiores prejudicados com as paralisações, pois os empresários perdem apenas poucos dias de lucro e os funcionários conseguem benefícios. A população dependente do transporte público ficou horas nas paradas de ônibus e muitos correram risco de perder os empregos. O Governo do Distrito Federal calcula que aproximadamente 1 milhão de cidadãos ficaram sem transporte, apenas no dia 2 de junho. Imagina quando o povo resolver fazer greve contra as empresas de ônibus! Os usuários convivem com a imprudência de motoristas, carros antigos, tarifas caras e a ineficiência do transporte público na capital do país.

la mêm chose


Grupo: Juliana Boechat e Filipe Coutinho

Os cadernos de cultura da maioria dos veículos de comunicação são assim: a mesma coisa.
A internet deu alternativa ao leitor. Hoje em dia, quem quer ler algo diferente, interessante, sem viés e linha editorial, deve, então, acessar a internet. Dois exemplos demonstram isso:

Correio Braziliense
Quem lê o caderno de cultura do Correio se depara com muitas páginas. Mas se decepciona ao perceber que metade delas é reservada para programação da televisão paga e aberta, cinemas, teatros e os shows da cidade.
As capas nunca deixam a desejar: sempre bonitas, bem diagramadas e coloridas. Elas são o carro chefe das matérias mais elaboradas, pautadas e apuradas. Mas esse tipo de matéria é escassa. No jornal, costumam ser umas três por dia. O resto é cruzadinha e o jogo dos oito erros, sempre em primeiro lugar no painel que mede a leitura dos assinantes do jornal. As matérias "elaboradas" nem aparecem na "votação".
As capas são, na maioria das vezes, matérias sobre um super-filme hollywoodiano, eventos em lugares super-conhecidos ou ainda sobre novidades da Record, Globo e Bandeirantes.

E onde estão as bandas independentes? Os artistas desconhecidos? As peças de teatro de graça em centros culturais pouco visitados?
Não aparecem!!!
O motivo: falta de espaço, linha editorial, qualquer coisa que tente justificar o injustificável. Elas não estão ali e ponto.

Internet
É aí que entra a internet. Para quem gosta de música, por exemplo, o kotonete.blogspot.com dá um banho de informação para os leitores-ouvintes. Ali está disponível, além de músicas e discografias para fazer download, explicações e histórias sobre as bandas e uma pequena análise do tipo de música para situar os ouvintes de primeira viagem.

Vamos mexer mais no mouse: coloca no google o que procura e você acha. A Revista Cinética é uma revista virtual com jornalistas, cineastas, pessoas comuns, que têm atividades cotidianas, mas tiram um pouco do tempo para postar no site. São críticas de filmes fora do circuito comercial e análises profundas de cada um. Assim como tem de cinema, tem de literatura, artes plásticas e tudo o que for possível. Hoje a internet é assim.

Para os mais preguiçosos, que navegam pouco na internet, estão na cara os blogs dos sites de jornal. Folha e Globo têm bons especialistas. Lá, existe a liberdade. E aí, se o blogueiro for bom , atualiza os fiéis várias vezes ao dia. Um exemplo é Marcelo Coelho. O jornalista atualiza mais de uma vez ao dia, tem uma boa freqüência de postar todos os dias e sempre tenta analisar ou colocar textos críticos sobre arte e cultura em geral.

Então a saída é essa:
Os amantes das sete artes devem mesmo procurar os blogs independentes. Sem linha editorial. Com tempo, disposição e gosto pela coisa, escrevem, criticam e abrem espaço para discussão da cultura. Tudo isso é o que falta na imprensa de hoje e que vai, aos poucos, perder espaço para os jovens que têm opiniões formadas sobre as manifestações culturais. Eles sim agregam no espaço virtual cada vez mais fãs.

A grande imprensa que se cuide.

Niguém segura esse carro!

Simpósio na Holanda reuniu mais de 30 protótipos de veículos

tecnologia


Um Congresso realizado na Holanda reuniu mais de 30 projetos de carros inteligentes nesta sexta-feira. Os veículos foram desenvolvidos para proporcionar mais segurança e conforto aos motoristas. Um dos projetos que mais chamou a atenção do público, foi o carro que "anda" sozinho. O automóvel é composto por um sistema que permite ao motorista tirar aos mãos do volante enquanto o carro é conduzido automaticamente. Fotos do evento, apresentaram o autor da experiência dentro do automóvel navegando na internet pelo notebook enquanto seu carro era conduzido pelo programa sem o auxilio das mãos. Projetos como um carro movido a energia solar e um detector de pedestres também foram apresentados no evento.



Bianca Moura, Marcella Cibreiros e Patrícia Álvares

Quanto maior for a cidade, melhor para combater aquecimento global.

Estudo mostra que poluição per capita em áreas metropolitanas é menor que na zona rural

meio ambiente

Quando nos pergutamos quem polui mais, quem mora em uma grande cidade ou quem mora no campo automáticamente a resposta vem a nossa cabeça. Sempre tivemos em mente que quem mora em uma metrópole polui muito mais do que quem mora no campo. Um estudo feito nos Estados Unidos, mostra que não é bem assim que acontece. De acordo com o levantamento feito pela Brookings Institution, pessoas que vivem em cidades poluem individualmente menos que pessoas que vivem no campo por diversos fatores. Por exemplo: as coisas nas áreas urbanas ficam menos distantes umas das outras e o transporte coletivo é mais usado, oque diminui a emissão de poluentes per capita. Já nas grandes cidades, o uso de metrô e ônibus é mais difundido, em uma menor as pessoas precisam usar mais o carro, e por distâncias maiores.

"O desenvolvimento mais compactado das cidades, com paredes divididas e menores distâncias, pode ajudar a reduzir as emissões de carbono por pessoa ou por dólar gasto”, explicou um dos autores do estudo, Frank Southworth.

No rankim de poluentes dos Estados Unidos, as grandes cidades ainda respondem por 56% do total de emissões. A diferença se mantém apenas na média per capita, porque essas áreas concentram dois terços da população americana. Southworth acredita que a mesma diferença deve também ser encontrada em países como o Brasil, que não dependem tanto da queima de carvão para a obtenção de energia.

“Não importa a fonte de energia. Principalmente porque quanto menor e mais isolada é a cidade, mais difícil é fazer as fontes de energia limpa valerem a pena, porque o mercado é muito restrito”, disse ele.

Bianca Moura, Marcella Cibreiros e Patrícia Álvares

Governo de SP erra no "encino"

Apostila entregue pelo governo a professores de 8ª série, traz a palavra ensino como "encino"

educação


Foram distribuidas apostilas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com um erro de português. No caderno de dicas entregue aos docentes de inglês da 8ª série a palavra ensino apareceu grafada como "encino". Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) professor Carlos Ramiro de Castro, o sindicato ainda não terminou de fazer a revisão em todos os livros entregues para serem usados no segundo semestre, mas esta não é a primeira vez que isso acontece.

"Os livros são entregues aos professores sem nenhuma revisão. No início do ano os professores constataram outros erros. Um deles dizia que o rio Xingu estava no Rio Grande do Sul", disse.

Castro explicou que os livros e apostilas que são impostos pelo governo , não passam pela aprovação dos professores da rede.

"Os livros têm revisão superficial. Eu acho que o Estado tem que recolher o material entregue para corrigir e imprimir novamente", avaliou o professor.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou, o erro de português foi constatado por eles mesmos e logo os professores foram alertados. A assessoria disse ainda que o erro existe apenas na página 11 dos livros dos professores de inglês da 8ª série e é um problema de digitação, já que a mesma palavra está escrita quatro vezes no mesmo livro de maneira correta. O órgão também afirmou que os livros foram elaborados depois da consulta a 3 mil professores e educadores e que há um grupo que faz a revisão. Como os alunos não têm acesso a este material e a Secretaria alegou que tem 76 tipos de apostilas, em que estão grafadas mais de 350 vezes a palavra ensino corretamente, o órgão não achou necessário o recolhimento dos livros.


Bianca Moura, Marcella Cibreiros e Patrícia Álvares