sexta-feira, 13 de junho de 2008

Futebol europeu para jornalista brasileiro ver

Editoria: Esportes
Grupo: Bianca Moura, Marcella Cibreiros e Patrícia Álvares

Já diz o ditado popular que esporte, política e religião não se discutem. Então imagino a dificuldade de um jornalista de discutir sobre o primeiro assunto, quando envolve o seu time do coração. Quando é Copa do Brasil nem se fala, a tão discutida imparcialidade jornalística dá espaço para uma das grandes paixões nacionais. Mas quando o tema em pauta é a EUROCOPA? Não é nenhum time brasileiro, multidões desse lado do oceano não se reúnem na frente da TV para acompanhar as partidas.
Esses podem ser alguns dos motivos para comprovar que não há razão para não existir imparcialidade da parte dos jornalistas. Errado. A começar pelos blogs de esportes. Juca Kfouri já admitiu que seu coração bate mais forte por um time paulista, mas no começo do campeonato europeu escreveu um texto, muito bonito por sinal, sobre a goleada da Holanda em cima dos franceses. Em seu blog não existe imparcialidade nenhuma, mas ainda pode ser relevado, já que o espaço serve justamente para isso. Mas no seu programa diário na rádio CBN, ele exprime as mesmas opiniões. Se ele puxa a sardinha para um lado, o seu maior concorrente no ramo puxa para o outro. Milton Neves no seu programa também diário na Band News narra “imparcialmente” todos os fatos, até o final quando termina sempre com um comentário pessoal. Sua opinião. Na TV, a imparcialidade dura um pouco mais, até a final do campeonato, quando o homenageado ganha todas as regalias.
Holanda vence por 4x1 da França na primeira fase do campeonato. É a mesma França, que já tirou o Brasil de duas copas e tinha um craque chamado Zidane. Glorificada com uma das melhores seleções, essa semana foi massacrada inesperadamente pelo adversário, e também, como não pode deixar de ser, pela tão massacradora mídia. Inclusive a do lado de cá do oceano. Futebol é coisa que não se discute, só assiste e escreve, com o máximo de imparcialidade possível, se é que existe isso nesse meio. Quando se trata de uma das paixões nacionais, as pessoas perdem a razão, até mesmo os jornalistas.

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