sexta-feira, 13 de junho de 2008

O NOVO IMPOSTO PARA SAÚDE

Cobertura Online

G1Estadão.com
A cobertura sobre a aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) lembra outras situações que mobilizaram a imprensa anteriormente. A cobertura do mensalão e uma mais atual, a crise envolvendo a governadora do Rio Grande do Sul (RS), são exemplos de coberturas semelhantes. A analogia se dá pelo viés. Em todos os casos é perceptível a “amnésia” dos veículos. Explico. No caso da CSS, ao comparar, com toda propriedade, a nova “contribuição” à CPMF, esquecem-se de que quem criou a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira não foi o atual Governo. E assim passaram toda semana acusando o Lula de trazer de volta o que já estava morto. Acredito que bastava dizer que a cobrança é um absurdo e que é necessário acabar com os assaltos aos cofres públicos. Lembrando do mensalão percebo que eles esqueceram, durante a cobertura, de lembrar que o mensalão nasceu em minas, entrando no cenário político pela direita e não pela esquerda. E pra terminar, esquecem que o pedido popular de impeachment de Yeda Crusius (PSDB) não é pra transformá-la em vítima e sim, caso não se lembrem, para justificar o sentido de ética ante a políticos que usam de tudo para chegar e manter o poder.

Cobertura imprenso

O Estado de São Paulo fez uma cobertura ampla. Os empresários e o presidente do Senado forma escutados. Dando uma boa perspectiva do que a Contribuição Social para a Saúde (CSS) causará na sociedade brasileira. Porém o jornal deixou prevalecer o seu lado conservador, pois somente os lados negativos do novo imposto foram colocados. O assunto também foi levado para o lado da disputa para a prefeitura de São Paulo. Mostrando as farpas trocadas entre Alckmin e Marta Suplicy em relação ao imposto. O Correio Braziliense foi mais neutro, deu espaço para os benefícios que a CSS traria para a saúde. Um interessante infográfico foi colocado na matéria, informando aos eleitores como cada partido votou na criação do novo tributo.

TV

O Jornal Nacional levou a informação aos telespectadores de maneira simples e objetiva. As críticas chegam de todos os lados. Mesmo assim, os aliados do governo insistem em ressuscitar o imposto do cheque e agora dizem ter encontrado uma espécie de atalho para aprovar a proposta no Congresso. No Palácio do Planalto, a preocupação é que o Congresso garanta uma fonte de recursos para a saúde. A cobrança foi feita pelo presidente Lula em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

A cobrança da CMPF terminou no dia 31 de dezembro do ano passado. Ainda assim, no quarto mês de 2008, o governo bateu o quarto recorde de arrecadação de impostos. Em abril, foram mais de R$ 59 bilhões – 11,44% a mais do que no mesmo período do ano passado.Já a TV Band, foi mais rápida ao passar a notícia . Semana decisiva para o Governo. A nova CPMF deve ser votada na Câmara, nesta terça-feira. Mas, a oposição promete jogar duro para evitar a aprovação do imposto.

Bruno Nascimento
Felipe Romero
Márcia Lima

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