sexta-feira, 13 de junho de 2008

SPORT X CORINTHIANS




O leão pôs as garras de fora



Fugindo do circuito Rio – São Paulo, um time do Nordeste conquista a copa do Brasil.

Nesta quarta-feira, dia de decisão pela Copa do Brasil, muitos se surpreenderam com a força do leão.O Sport venceu o Corinthians por 2 a 0 e conquistou o título. Além disso, quem vencesse garantia classificação para a Libertadores da América em 2009.
Chegar a essa posição não foi fácil. O Sport teve que enfrentar times fortes como Vasco, Palmeiras e Internacional. Mas passou por todos eles e conquistou o campeonato.
Agora vamos ao jogo. Segundo a Folha de São Paulo a partida começou equilibrada e o Sport não se mostrou intimidado diante do Corinthians, mas jogou mais recuado. Já o Corinthians, marcou muito bem e impediu que o Sport pressionasse a defesa, mas não obteve sucesso.
O site do Correio trouxe também um “recado” do jornal Diário de Pernambuco: "Alguns dias demoram mais do que os outros. Hoje, acreditem, o tempo não vai andar. Estamos vivendo um dia que nunca irá acabar. Que vai morar para sempre na memória de cada torcedor do Sport". Festa para o time pernambucano.

Bianka de Sousa

Ao vencedor, tudo!

Vou ter que concordar com o técnico do Corinthians, Mano Menezes, sobre as manchetes de futebol após o resultado do jogo entre Sport e Corinthians na quarta-feira passada (11): “a quem ganha todo o mérito, a quem perde, nada”. Pelo menos foi essa a percepção diante da análise da matéria veiculada pelo Globo Esporte, na TV Globo, na quinta-feira (12). Essa foi a única aparição do time que perdeu.
Com uma longa matéria sobre o time vencedor da Copa do Brasil, o Sport, a reportagem foi a primeira a ser exibida no programa. Vestiário dos jogadores, imagens do troféu, sonoras de jogadores, do goleiro, do técnico do Sport, Nelsinho Batista, uma mostra do jogo e da animada torcida. Tudo demonstrou a euforia dos jogadores e de todos que torciam pela vitória inédita do time pernambucano


Aline Hanriot




Jornalista torcedor, coisa imoral
Expressar opinião ao transmitir jogos tem sido atitude comum em coberturas esportivas

Os fãs do esporte, mais especificamente do futebol, sempre reclamam, “Este juiz é ladrão”, “aquele bandeirinha rouba pra mãe dele, não marcou o pênalti”, “a arbitragem no geral foi péssima”. Não se ouve apenas isto numa partida, muitos reclamam. “Você viu como o narrador gritou com mais vontade o gol do time tal, ou como ele falou com mais entusiasmo do jogador x”. Coisa comum hoje em dia, a parcialidade tomou conta do futebol e tem sido o centro de boas discussões em botequins, faculdades, trabalhos e etc e etc.

Tudo bem, tudo bem. Jornalistas também podem torcer, está certo. Mas daí a deixar clara em plena cobertura esportiva, o time para o qual torcem ou o jogador que mais admiram é demais né. Foi com um início incomum que o jornalista Luciano do Vale deu partida ao seu programa Apito Final, na TV Bandeirantes. Ele começou a transmissão com uma crítica clara aos “colegas” de profissão, por conta de sua cobertura tendenciosa à partida Sport e Corinthians.

“Isso não é jornalista, é radialista”, esta foi umas das afirmações de Luciano que exaltado, exclamava que estes caras precisavam fazer faculdade para trabalhar. “Eles não têm diploma”, afirmou. Correta ou não a postura de Luciano, o importante disso tudo é perceber que determinados conceitos do jornalismo não devem mudar, que a imparcialidade é necessária e inflexível. Mas vamos lá Luciano, também não era para tanto, todo mundo sabe de seu passado. Afinal, você não é conhecido como um dos jornalistas mais imparciais da TV, mas valeu o recado.

Alan Paulo




Jornalismo esportivo é apenas futebol?


Por que ver um dia depois no jornal impresso o resultado de um jogo de futebol que foi transmitido ao vivo pela televisão e rádio? O que teria de diferente nas paginas do jornal tradicional? Será que algum detalhe que as lentes não conseguiram pegar e o jornalista que estava de serviço para o impresso teria conseguido ver? O jornalismo esportivo no Brasil resume-se basicamente a futebol. Quase não se vê reportagens de outros esportes. O impresso ganharia mais se investisse nos esportes menos comentados, como por exemplo, trilhas e Box. Os pugilistas são lembrados apenas em ocasiões especificas, como por exemplo, no Pan. Depois disso eles tiveram espaço no jornalismo?
Se o jornalismo esportivo do Brasil trabalhasse com os outros esportes eles ganhariam novos leitores, telespectadores ou ouvintes. Os atletas de esportes menos divulgados ganhariam notoriedade com a cobertura jornalística mais democrática.



Victor Cabral

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