Em linhas gerais, nesta semana, ficou constatado na cobertura das eleições americanas o jogo “sujo”, e de uma maneira escancarada. Acusações desmedidas, troca de insultos, a conveniência política, a disputa racial. A circunstância observada se dá devido ao curto espaço de tempo que os candidatos têm para convencer eleitores e o dia da decisão eleitoral. Republicanos e democratas sofrem de um angustiante empate técnico, com uma pequena e insignificante vantagem para Barack Obama.
De um lado Obama, o inovador, jovem, negro, o popular. De outro John McCain, conservador, governista, branco e oportunista. Em um país como os Estados Unidos em que o racismo existe e é declarado, ao contrário daqui que é velado, o que predomina é a eleição racial.
O cinismo dos falsos apoios políticos de Bill e Hillary Clinton que apóiam Obama, quando na verdade por motivos de força política maior querem que McCain ganhe. A divulgação da imprensa de que Sarah Palin é a vice-republicana foi bem aceita e deu um fôlego para a campanha do governista.
Porém, o discurso oportunista e bastante contraditório de McCain que sempre foi contra a regulamentação econômica das grandes empresas em Wall Street fez com que o candidato perdesse pontos com os eleitores. McCain mudou o discurso mais pela conveniência do que pela consciência.
Enquanto isso, o astuto Obama só espera um vacilo do oponente para lhe dar uma rasteira e correr para o abraço.
De acordo com as apurações feitas pelo grupo, a mídia impressa foi a que mais veiculou informações sobre o assunto sendo o jornal Folha de São Paulo, o responsável, pela maior cobertura do assunto. Seguido pelo jornal O Globo. Na televisão, nem o Jornal Nacional e Jornal da Record abordaram o assunto. Em ambos, a eleição americana foi ofuscada, pela pauta da semana, a “crise boliviana”. Os programas de notícias das rádios, Jovem Pan e Transamérica também optaram pela crise da Bolívia.
Adimar, Hermes e Diana Vasconcelos
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