sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Novos rumos para a educação do Brasil

Nesta semana foram divulgados os primeiros resultados relativos ao Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC). O novo índice avalia as universidades, centros universitários e instituições de nível superior no país. O método desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) leva em consideração a estrutura das instituições e o investimento em professores e nos cursos de graduação e pós-graduação. Antes a forma de avaliação dos cursos de graduação era por meio do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Já a análise dos cursos de pós-graduação era feita por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A abordagem feita sobre o assunto no Rádio foi a mais pobre em dados e também a mais sucinta em relação aos veículos impressos e televisivos. Tanto na abordagem da CBN como na da Jovem Pan, não há sonora do ministro da Educação, única fonte oficial ouvida em todas as matérias analisadas sobre o assunto. Com aproximadamente 1’40, a reportagem da CBN citou dados numéricos e a lista das dez melhores instituições do país., mas sequer mencionou o ministro da Educação. A matéria da Jovem Pan abordou a não participação das principais universidades estaduais do país, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além do caso da demissão do reitor da primeira colocada do ranking, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dos jornais veiculados na televisão, tanto o Jornal Nacional assim como o Bom Dia Brasil tiveram sonora do ministro da Educação, Fernando Haddad. Nos programas não foi citado o nome do novo método de avaliação, o Índice Geral de Cursos (IGC). Pelo fato dos jornais serem produzidos pela mesma emissora, as matérias que foram transmitidas, estão muito parecidas e citam as mesmas informações.
Os jornais impressos analisados foram os mais completos em relação aos outros veículos. Foram analisados O Globo e o Correio Braziliense. O jornal O Globo usou aspas do ministro da Educação e utilizou números, porcentagens e gráficos, além de fazer uma análise regional do IGC, mostrando que a região Sul é a mais bem avaliada e a Norte, a que tem a pior avaliação. O Correio dá ênfase às colocações de algumas instituições de ensino do DF, dando destaque à UnB e a Escola Superior de Ciências da Saúde do Governo do Distrito Federal (Escs). O jornal também enfatizou as faculdades que tiveram os piores desempenhos.
De modo geral, há discrepância em alguns dados numéricos divulgados pelos três meios de comunicação analisados. Pelo menos um de cada veículo analisado na TV, na Rádio e nos Jornais, cita a Unifesp, que foi destaque por estar no topo da lista e ser estadual – as universidades estaduais não são obrigadas a participar do Enade, exame feito para que os cursos de graduação pudessem ser avaliados. A maioria dos veículos analisados mostra a notícia por um viés positivo. Apenas o jornal O Globo mostra que 500 cursos foram reprovados no IGC.

Alunas: Luíza Seixas, Mariane Rezende, Mila Ferreira, Stella Mendes, Thais Paranhos, João Felipe

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