O que antes era uma festa folclórica da Amazônia, a “Farra do Boi” virou caso de polícia e polêmica. Os envolvidos não são os famosos bois Caprichoso e Garantido, muito menos a maravilhosa festa que a região proporciona. Mais sim frigoríficos ilegais e irresponsabilidade com a nossa floresta.
Você deixaria de comer carne se soubesse que a origem dela é de áreas apontadas como de desmatamento na região amazônica? Depois que três grandes redes de supermercados: Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart decidiram suspender, a compra de carne de 11 frigoríficos localizados nessas áreas essa é a pergunta que mais ouvimos na mídia.
E isso é muito importante visto que o brasileiro é um dos maiores consumidores de carne de boi do mundo. São 41 quilos consumidos por pessoa a cada ano, de acordo com a Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC).
Temos que aplaudir os supermercados, que além de apoiarem a causa, solicitaram por conta própria um plano de auditoria para assegurar que os produtos comercializados nas redes não são de áreas de devastação da Amazônia.
E nós o que podemos fazer? Não sabemos se quando comemos um churrasquinho na rua ou compramos carne no supermercado, estamos incentivando o desmatamento. O Ministério Público Federal do Pará deveria servir de exemplo para os outros estados, na conduta da preservação. A população tem sim interesse em saber a procedência do que consome.
Queremos saber em cada compra de onde vem carne. Exigimos dos frigoríficos o nome de todas as fazendas que comercializam. Temos que saber de documentos como notas fiscais, CNPJ das empresas, selo de higiene e várias outras coisas. E isso no Brasil todo.
Precisamos acordar e prestar atenção que se continuarmos desmatando, sujando nossos rios e matando nossos bichos vamos acabar com a vida na terra. Até quando vamos trocar nossas florestas por gado? Em vez de árvores temos grama e pastos enormes. E depois, quando não tiver mais vegetação no planeta e começarmos a sofrer mesmo com o aquecimento global e falta de fotossíntese, vamos reclamar e chorar pelo leite derramado. Esse retirado da vaca.
Julia Maria Carricondo, Gisele Fernandes, Antônio Naves
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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