Sarney, Senado e atos secretos. Esse foi assunto que repercutiu durante toda a semana em toda mídia. Os escândalos, atuais, que envolvem o Senado Federal e seus dirigentes, mais precisamente o presidente da Casa, pautaram os jornalistas da editoria de política. O Globo estampou Sarney em chamadas de capa e abusou de textos com linguagem longe da imparcialidade. Repórteres e especialistas – com destaque para Noblat e o título Sai, Sarney! - publicaram páginas inteiras com declarações do senador alegando inocência. As manchetes, no entanto, sugerem o contrário. No final, e não poderia deixar de ser, a capa foi o presidente Lula, vestido de rei – e quem disse que ele não é? -, defendendo o governo. A “pérola” das matérias foi o anúncio de José Sarney de, digamos assim, “reformar a Casa”.
O jornal O Estadão deu cobertura completa do caso. A criação da comissão de sindicância para apurar as denúncias de cerca de 650 atos secretos, editados ao longo dos últimos 14 anos no Senado, foi o destaque do periódico. Em enquete no site do jornal, a maioria dos internautas consideram José Sarney culpado pela crise, 1269 votos. 135 consideram que a culpa não é só dele, mas de todos os parlamentares.
Os telejornais da TV Globo e TV Bandeirantes fizeram cobertura tradicional do assunto a partir da repercussão das denúncias dos jornais impressos. O mesmo fizeram as rádios CBN e Jovem Pan, com a prerrogativa de entradas ao vivo a cada desdobramento.
A cobertura desses escândalos pelos meios de comunicação mostrou a função de cada mídia na atividade jornalística: as TVs fizeram a cobertura apropriada ao espaço que disponibliza; as emissoras de rádio fizeram as atualizações sempre que necessário; e os jornais impressos aprofundaram o debate sobre o caso.Mas como as pessoas recebem essa notícia? A maioria dos brasileiros vê a política como algo distante e corrompido e já não dá tanta atenção a mais um escândalo. No entanto, com o jornalismo online é possível participar e refletir as questões que dizem respeito a todos. Aqui destaca-se o papel democrático da informação, que o poder quer esconder.
Bruno Peres, Daniella Ribeiro, Érika Sayanne e Talita Maravieski
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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