Correio Braziliense, assim como os outros veículos, deu a informação quando o padre Gisley Azevedo Gomes já estava morto, ao invés de começar a noticiar no dia 15 quando ele desapareceu. No dia 17, o Correio noticiou o fato com chamada na capa. Apesar de ter sido pouco, para algo que repercutiu internacionalmente, o assunto teve destaque. A notícia rendeu meia página 5 da editoria de Cidades. O Correio conta a tragédia de forma objetiva, citando os fatos sem expressar a impressão do repórter. O projeto que o padre representava de tirar os jovens das ruas foi enfatizado na matéria. Outro ponto muito abortado foi o fato de um dos assassinos ser adolescente. O repórter deu, no fim da matéria, destaque para as realizações e a vida do padre. Na quinta, a morte do padre não apareceu com destaque na capa, mas teve uma matéria curta, no fim da terceira página do caderno de Cidades, sobre seu enterro. A matéria, um pouco mais emotiva, traz uma foto da missa, o caixão cercado de fiéis.
No jornal Tribuna do Brasil, o assunto teve maior destaque na capa, também do dia 17. E a matéria, apesar de não assinada, ocupou um espaço muito maior do jornal. O Tribuna teve a mesma preocupação do Correio em noticiar o fato de maneira objetiva. No fim da matéria, o jornal publicou a nota enviada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Depois dessa matéria, o fato não apareceu novamente no jornal.
O DFTV da Rede Globo cobriu de maneira isenta a prisão temporária dos acusados de matar o padre. Ele estava desaparecido desde a última segunda (dia 15).
O programa abordou onde o corpo do padre foi encontrado, e como ele foi atraído pelos criminosos. Além disso, informou que foi uma denúncia anônima que ajudou a polícia militar a localizar o carro do padre em Brazlândia.
O padre Gisley era assessor nacional do setor de juventude da CNBB. Em nota, a entidade lamentou o assassinato e disse que ele foi vítima da violência que tentava combater.
Na Rede Bandeirantes o assunto também foi abordado nos jornais locais. O destaque maior foi no dia da descoberta da morte do padre, onde ainda havia algumas especulações. Depois desse dia, a repercussão não foi muito grande.
A abordagem foi imparcial e objetiva também, semelhante a da Rede Globo. Houve captação de informações da CNBB, de parentes mais próximos do padre e da delegacia de policia, que respondia pelas informações dos acusados.
A cobertura do assassinato nas rádios foi extensa. Os noticiários locais da Band News FM e da CBN deram grande destaque para o caso, especialmente para o fato de envolver um menor de idade. O programa matutino da Band News, por ter mais comentários dos apresentadores, forneceu uma visão mais crítica do caso, questionando a posição das autoridades e às razões que levaram ao crime. A CBN manteve uma visão mais distante do assassinato, noticiando ao longo da semana o andamento das investigações, mas sem realizar comentários.
Fábio Marques, Fernando Naves, Carolina Dutra, Guiguerme Guedes e Rafael Braga
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário