Por mais uma semana, o destaque da editoria de saúde de todos os noticiários foi a gripe suína. Na última quinta-feira (11), a Organização Mundial de Saúde anunciou o nível máximo de alerta, o que representa a primeira pandemia deste século. O vírus já deixou 28 mil doentes no mundo desde o seu surgimento, no fim de março. Por se tratar de uma pauta de recorrência internacional, os jornais impressos caminham juntos na cobertura, o que é motivado também pelo pronunciamento constante de fontes oficiais.
O jornal Estado de S. Paulo lançou praticamente uma matéria por dia sobre a nova gripe. Destacou-se a notícia de um laboratório suíço que espera ter uma vacina para a pandemia em setembro, fato que o mundo inteiro aguarda. O jornal fez uso de gráficos e um histórico da doença, que se prolonga e não pode ser esquecida pelos brasileiros, apesar do número considerado pequeno de infectados no país (43 casos). Foram abordados também os pedidos de calma do Secretário-geral da ONU e, no Brasil, da Ministra Interina da Saúde, Márcia Bassit.
O jornal O Globo criou um quadro de perguntas e respostas sobre a Influenza A, para tirar dúvidas. Cada novo país atingido pelo vírus, bem como cada novidade sobre a doença, vira notícia. Da editoria, assuntos como excesso de suor, obesidade, insônia também fizeram enriqueceram as notícias desse periódico.
Outra pauta importante da editoria de Ciências/Saúde foi o anúncio do Japão de corte de 15% nas emissões de CO2 até 2020. O Estadão deu a matéria com destaque, já que o país é quinto emissor do mundo e tem sofrido grande pressão. O acordo climático mundial também teve episódio semanal marcado pela nota de compromisso da China após visita do presidente Barack Obama. A reportagem mostrou ainda que não há consenso com China, em virtude da rejeição às propostas dos Estados Unidos e Austrália e pelo fato do país asiático considerar pouco realista a participação dos países desenvolvidos. Bom argumento para pressionar os maiores responsáveis por esse problema que já é alarmante.
O Globo também deu ênfase ao aquecimento global, sem deixar de divulgar curiosidades, como o submarino Nireu que concluiu uma expedição no lugar mais profundo da crosta do planeta. Tal abordagem mostra a tendência desse jornal em dar um pouco de “descanso” ao leitor, diante de pautas complexas como geralmente são as da editoria apresentada.
Como não podia ser diferente, a gripe suína também volta às telinhas e às rádios. O Jornal Nacional e o Jornal da Band deram a grande novidade do feriado (11). A pandemia declarada é assunto de interesse do público. Saúde e Ciência têm espaço quase diário no JN, o telejornal mais visto pelos brasileiros. No concorrente a dedicação à editoria é menor.
Na terça-feira (09), o Jornal Nacional alertou sobre a venda de medicamentos pela Internet. Vale ressaltar que a denúncia foi de uma operação da Polícia Federal. O Jornal da Band abordou a dificuldade de realização de transplante de órgãos e perigos da Hepatite B. Temas como meio ambiente e a valiosa novidade do Japão não entraram na escalada dos jornais da TV.
As Rádios Band NEWS e CBN parecem fazer o papel de revistas. Pois, aprofundam sobre os assuntos de Ciência e Saúde assim com uma semanal. Especialistas são ouvidos e o número de matérias é bem maior. A gripe suína - é claro -, pauta quente da semana e disputando espaço com as incansáveis notícias do vôo 447, foi o destaque também entre os radiojornalistas.
Grupo: Bruno Peres, Daniella Ribeiro, Erika Sayanne e Talita Maravieski
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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