Crianças. Bens de Deus, inofensivos, mas que aparecem nos jornais, nas revistas, nas TVs, nos rádio e na internet sendo maltratados por aqueles que crianças um dia já foram. Todos os dias durante as últimas duas semanas, as rádios, televisões e os jornais noticiavam que crianças foram achadas, mortas, em lugares bizarros. E o fato não ocorre em um único local do país, mas em vários. Na capital, na grande São Paulo, em Curitiba. O Corpo de menina de nove anos é encontrado dentro de uma mala, com traços de estupro e espancamento, garoto é agredido por professora em Brasília, homem prende menina em banca de revistas e tenta violentá-la, corpo de garota é localizado na grande Curitiba: dentro de uma caixa de papelão, crianças são espancadas por babás entre outras atrocidades.
Por ser um tema recorrente, e presente, os veículos de informação estão explorando o assunto ao Máximo. Tanto que durante duas semanas, todos os dias, em algum jornal da Globo ou Record, em uma rádio, ou em jornais impressos, alguma notícia sobre o assunto era reportada. As matérias são sempre de coro apelativo, voltada ao sentimento protetor que a maioria dos seres humanos tem em relação às crianças. Seja um tom mais repreensivo nas rádios, uma foto mais forte nos jornais ou uma imagem mais apelativa nas TVs, o fato é que todos estão se aproveitando desses crimes para conseguir chamar a atenção das pessoas. Mas é uma faca de dois gumes. Alguns não gostam de ver esse tipo de notícia por ser chocante ou triste demais. Por isso os jornais e TVs têm que escolher as imagens com muito cuidado para não espantar a audiência e compradores.
Em uma era em que as crianças, seres puros e sem maldade alguma, nem noção de defesa, são atacadas e violentadas por adultos problemáticos, a mídia usa os recursos para mostrar às pessoas que alguma coisa está errada. Arrisco-me até a falar que se tivesse um referendo sobre a pena de morte, como punição para pessoas que cometem esses tipos de atrocidades, a mídia com certeza iria ter um papel importante nesse aspecto, e aumentaria as chances de aprovação na votação.
Eugifran Moreira, Caroline Figueira, Ana Karla
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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