sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A velha história das carteirinhas estudantis

Quem procura se divertir nas tarde e noites de Brasília indo ao cinema pode se decepcionar com a atual situação dos estabelecimentos. A grande quantidade de expectadores, muitas vezes, gera congestionamento nas bilheterias e nas salas onde são transmitidos os filmes. Esse aborrecimento testa a paciência daqueles que procuram na atividade de lazer uma opção de divertimento. Mas o problema não se restringe a superlotação, pois, o valor do ingresso na capital está entre os mais caros do mundo.
Para o ministro da Cultura, Juca Ferreira, a superlotação ocorre devido à emissão desenfreada de carteiras estudantis falsas. Ele explica que essa prática justifica o preço exorbitante dos espetáculos, reduzindo assim a duração das temporadas. Como solução, Ferreira sugere que o Congresso fixe regras sobre a concessão da meia-entrada para os estudantes.
A senadora Marisa Serrano, do PSDB, propõe alternativas mais concretas. Uma delas consiste em reservar 30% dos assentos para as meia-entradas pagas por estudantes e idosos. Segundo Marisa, a medida baratearia os espetáculos brasileiros.
O Correio Braziliense e o Jornal de Brasília acompanharam esse assunto durante a semana. Segundo publicação de ambos, ainda haverá muita coisa para se discutir até que a situação se resolva. Os políticos que acompanham o caso estimam que essa discussão se estenda por mais um ano.
Uma das questões que deveriam ter sido tratadas para tentar solucionar o caso refere-se à ampliação das opções culturais da capital e ao investimento em projetos que atendam a grande demanda de espectadores. Outro ponto que merece destaque é a centralização de emissão de carteiras estudantis em alguma instituição séria e comprometida. Com isso, os fraudadores teriam mais dificuldade de burlar o sistema. Para que isso ocorra, acreditamos que seria necessária mão-de-obra qualificada e métodos mais rígidos, que comprovem se a pessoa realmente está matriculada em alguma instituição de ensino.

Mariana Laboissiere e Guilherme Araújo

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