Parece que mais uma vez os inocentes pagarão pelos culpados. Um projeto de lei do Senado restringe o uso da carteirinha de estudante. È isso mesmo! Além disso, por motivo de segurança (necessário! Afinal um ponto positivo ao projeto!), nem todas as instituições de ensino poderão emitir a identidade estudantil. Essa última questão é válida. Mas proibir o uso de carteirinha de quinta-feira a sábado é um absurdo. Afinal de contas, o que faz – ou pelo menos deveria fazer - um estudante de segunda à sexta? Resta, então, praticamente o sábado para a prática de outras atividades que não relacionadas a estudo. Há informações desencontradas (para dizer o mínimo).
É fato que o número de falsificações é altíssimo. Atualmente é muito fácil fazer uma carteirinha, principalmente com as ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado. Não é difícil encontrar pessoas, de idades variadas, que não participam de nenhuma atividade estudantil, com a carteirinha no bolso só para ir ao cinema no fim de semana. Os falsificadores até poderiam ter razão, afinal de contas a entrada (inteira) para o cinema chega a custar R$ 18 (quase um roubo a mão armada). E os shows e peças de teatro? Esses então... é melhor nem comentar.
Obviamente existem abusos e por causa desses é que os estudantes (de fato) precisam utilizar suas carteirinhas para pagar a metade do valor de uma sessão no cinema. Os cinemas, por sua vez, cobram cada vez mais por essa metade do valor que acaba sendo o preço real da entrada se não houvesse tantos abusos... Neste sentido, o projeto de lei do Senado não ajuda em nada, ao contrário prejudica o lado frágil dessa guerra financeira: o jovem estudante que trabalha cerca de 8 horas/dia (às vezes até mais) para poder pagar as mensalidades (altíssimas, por sinal) nas faculdades e/ou cursos de aprimoramento. Lazer? Diversão? Só se não for necessário pagar metade com valor de inteira, como acontece cotidianamente.
O acesso à cultura no Brasil está cada vez mais distante. Se antes era por conta do preço alto, agora, se o projeto for mesmo aprovado, a tendência é piorar. A proposta já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e segue para a Comissão de Educação.
Lutar pelo fim da falsificação, orientar melhor as bilheterias, discutir outras maneiras de acabar com esse tipo de crime e propor uma legislação mais rigorosa (ou que, pelo menos funcione) e que atenda às necessidades de quem (realmente) precisa, são ações que deveriam ser analisadas pelo Congresso. Mas isso é complicado demais para os nossos representantes... o consumidor (como sempre) acaba (como sempre, de novo) com o pior e menor pedaço do bolo...
E você, caro leitor? O que acha de tudo isso?
Jaqueline Silva, Layla Fuezi, Natália Pereira, Samuel Júnior e Tamara Almeida
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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