sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Nem só de miséria vive o cinema nacional

Assistir um filme nacional antes de ver ou ler a crítica, sempre acho muito bom, pois as críticas dos nossos filmes nunca são boas. Bem, eu sou suspeito para falar, não poderia nunca ser crítico do nosso cinema, pois eu tenho duas paixões, o Fluminense e o Cinema Nacional, dos filmes da Vera Cruz, passando pelas pornôs dos tempos da ditadura e ao novo boom. Sou fã de tudo e nunca aceito críticas como bem-vindas.
Li a matéria que a Época desta semana na coluna “Em Mente Aberta”, assinada por Rodrigo Turrer, e vi uma dose de ironia ao comentar o filme de Bruno Barreto e ao falar do momento histórico do Brasil através do filme ou do cinema e também a suposta corrida em que o cinema vem perseguindo um Oscar, que não foram ganhos com o filme Cidade de Deus ou mesmo Tropa de Elite.
Não sei se existe essa corrida ao ouro de Hollywood mas, se ela existe é saudável, pois assim os diretores e produtores terão mais capricho e mais produções haverá.
O filme Ultima Parada 174, seria a explicação do documentário de Ônibus 174 do diretor José Padilha. O filme seria uma explicação do seqüestro de um ônibus ocorrido no Rio de Janeiro, que culminou com a morte de uma refém e de um ex-menino de Rua, de nome Sandro. O filme retrata a miséria que leva à violência urbana e fechar os olhos para esses fatos seria fechar o mundo para o nosso cotidiano.

Rodrigo esquece que o nosso cinema não vive só de miséria alheia. Que Os Dois Filhos de Francisco, retrata o sucesso e a trajetória de uma dupla sertaneja e também ficou cotado para a lista do Oscar.
Historia de mãe e filhos perdidos em vielas de favelas, meninos de ruas roubando e chacinas financiadas por homens honestos, são um soco na boca do estomago do público? Que seja! Não podemos tapar o sol com a peneira. E se retrata realmente o momento histórico do nosso País, que seja. Não podemos esquecer que o nosso cinema vem produzindo muitas comédias de bom gosto. Que podemos retratar nosso momento histórico como uma grande comédia.

João Felipe

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