O fim de ano desperta sentimentos controversos na sociedade. Férias, festas de Natal e de Ano Novo, renda extra com o décimo terceiro salário... Nasce daí uma necessidade desenfreada por comprar aquilo que, até ontem, não era necessário e hoje passou a ser essencial. Afinal, para que a família se reúna e, com isso, comemore as conquistas do ano que se encerra, é necessário enfeitar a casa, preparar a árvore de Natal e comprar todas as guloseimas que só nesta época do ano comemos sem culpa.
Mas o que está por trás de toda essa festividade? Lucro para o comércio (claro!). Vendas aceleradas, mesmo com o consumidor cheio de contas para pagar. Afinal, as condições são irresistíveis. Pagar pelo que se está comprando? Só no ano que vem! (como se com isso o consumidor deixasse de pagar). Parcelamentos a perder de vista ou, melhor, primeiro pagamento só depois do Carnaval (onde vamos parar!).
Todos os sacrifícios valem a pena podem afirmam muitos. Afinal ninguém pode (ou quer) deixar de comprar uma “lembrancinha”, que seja, para o pai, a mãe, o filho, o cachorro e o periquito. Ah! E não se pode deixar de fora (mais compras!) a roupa nova para o Natal e para a virada do ano. Alguns podem perguntar: Trata-se de consumismo exagerado? Suspeitamos que sim. Mas, associada a outras questões como, por exemplo, esquecimento do sentido real das festas de fim ano, distanciamento das questões religiosas e/ou familiares, necessidade de mostrar aos outros o quão “feliz” e bem sucedido está... Aparência é tudo!
O que é realmente importante (reunir a família simplesmente pelo prazer de estar junto) parece escorrer por entre os dedos como se fosse água. Passou a ser normal uma pessoa nem olhar na cara do outro durante todo o ano e, durante as festividades, comemorarem como bons e velhos amigos. O que se tira de tudo isso? Nada. Apenas aparências. Os castelos estão sendo construídos sobre a areia e, a qualquer momento, ruirão. E a mídia, apenas colabora para que esse comportamento seja cada vez mais divulgado. Afinal, são negócios. E com dinheiro não se brinca, pelo menos com o dos veículos midiáticos.
E a rotina continua, no início de todos os anos, a história se repete. Depois das festas, da “alegria” desmedida, restarão dívidas homéricas como a renovação de matrículas, a compra de material escolar e a fatura do cartão de crédito (assustadoramente) alta! Arrependimento de toda a sorte ocorrerá. Metas serão traçadas (mas nunca cumpridas). Trata-se de um círculo altamente vicioso. Necessita-se urgentemente de pessoas de coragem para rompê-lo!
Jaqueline Silva, Layla Fuezi, Natália Pereira, Samuel Junior e Tamara Almeida
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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