Aconteceu a XXXVI Semana de Filosofia da UnB, cujo tema foi o ateísmo moderno. Diversas palestras tentaram explicar o porquê do crescimento do ateísmo e a relação entre religião e ciência. Embora as palestras tenham sido muito boas, fica no ar a pergunta: por que a opção pela descrença e, se essa é feita, qual o intuito de defendê-la e pregá-la?
Recentemente, uma grande quantidade de títulos nas livrarias fala do assunto. O “Tratado de Ateologia” de Michel Onfray, “Deus não é Grande” de Christopher Hitchens e, principalmente “Deus – um Delírio” de Richard Dawkins são apenas alguns exemplos. A relação do indivíduo, hoje, com a religião, mudou bastante de uns tempos para cá.
O advento de novas tecnologias e a rápida substituição destas por outras mais novas tornaram o ritmo de consumo incessante. Como seres humanos, nos vemos quase que obrigados a consumir o máximo possível. Seja pelas propagandas ou por um pingo de status social, nossa meta é consumir.
Pode-se dizer que isso tornou a vida extremamente pragmática e, de certa forma, mais “realista”. Focamos, principalmente, no hoje, no agora, na juventude e deixamos algumas questões metafísicas para depois (ou, para nunca, em alguns casos). Assim, parece não haver perspectivas futuras. Por que se preocupar com o amanhã? A inconseqüência da juventude, os mais velhos que retardam o processo da velhice enquanto o botox e as cirurgias plásticas permitirem, são alguns exemplos disso.
Por um lado, parece bom nos preocuparmos somente com coisas práticas da vida e, de certa forma, emergenciais. Mas por outro lado, é necessário e inerente ao ser humano a capacidade de refletir, analisar. E essa capacidade, mesmo que não se acredite em nenhuma religião, é muito importante para o indivíduo.
A opção pelo ateísmo é, sem dúvida, uma opção válida. Apesar de parecer muito descrente e pessimista para alguns, há toda uma filosofia por trás do assunto, e que eventos como esse que ocorreu na UnB ajudam a explicar.
Marcelo Brandão, Amilton Leandro, Raquel Bernardes, Erik Lima, Nathalia Frensch
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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