A primeira matéria sobre o aumento no preço dos alimentos foi veiculada pelo Correiobraziliense.com.br em: "Inflação dos alimentos deve mais do que dobrar em maio, prevê FIPE". Retirada da agência FolhaNews ela parece um tanto confusa entre dados estatísticos. Assim, um leitor menos atento ou distante da nomenclatura econômica provavelmente sente-se perdido em meio a tantos números. Sem saber ao certo quanto em média passa a custar cada um destes alimentos citados como alvo no ajuste inflacionário. Entende-se que a alimentação pressionará a inflação em praticamente 100%, porém o Índice de Preços ao Consumidor projeta alta de apenas 0,04% após a última alta em abril. Além disso, o coordenador da pesquisa aferida afirma "A taxa pode ser pior [para alimentação] neste ano, mas melhor que no ano passado". A afirmação causa conforto ao final de uma matéria que foi iniciada com alarde.
Um dia antes, o site do Estadão publicou em: "Bancos centrais acionam alarme contra preços de alimentos" um texto retirado da agência Reuters, onde a jornalista entrevistou presidentes dos BCs de todo o mundo após reunião do Banco de Compensações Internacionais na Suíça. De forma mais generalizada a inflação dos alimentos não se atém a dados estatísticos, até mesmo porque não há um foco específico nas influecias e resultados diretos ao Brasil. O que se explica de forma clara, ou seja, de fácil entendimento até para não economistas, valendo-se de declarações é que o aumento está presente em todos os mercados do mundo. Além disso ele é decorrente de um fenômeno resultante da elevação de preços das commodities assim como pela melhora no padrão de vida em países em desenvolvimento. Também pela mudança climática e possivelmente pela especulação como afirma Trichet.
O resultado destas duas comparações não pode ser medido pelo simples olhar sobre cada uma pois, por mais que sejam parte da primeira cobertura sobre este assunto de cada veículo, as explicações focam o problema do aumento sob viés distintos e valem-se de diferentes bases de dados para construir o raciocínio. Assim, é fácil perceber que ao retirar dos números informações mais claras, a população em geral pode compreender o fenômeno por igual no lugar de se limitar ao entendimento de manchetes nem sempre condizentes com o conteúdo integral.
Link para matéria do Correio Braziliense:
Link para matéria do Estadão:
http://www.estadao.com.br
Julia Borba
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