sexta-feira, 9 de maio de 2008

Jornalismo esportivo só pensa em futebol

Guilherme de Castro

Noticiário esportivo é sempre a mesma coisa. Nos jornais impressos, os jornalistas descrevem as partidas do dia anterior e bastidores dos próximos jogos e competições. Os programas de rádio e televisão, além de trazerem as mesmas informações, promovem debates de comentaristas em torno da rotina dos times de futebol brasileiros. Exceto este esporte, são poucas as modalidades com espaço na mídia jornalística.
O atleta também necessita de informações sobre nutrição, curiosidades, utensílios, saúde e técnicas. O jornalismo deve chamar a atenção dos governantes com relação aos locais públicos destinados a treinos.
O velocista olímpico e campeão do pan do Brasil, na prova de 1.500m, Hudson de Souza, viaja pelo país e exterior à procura de locais para treinar. Na cidade natal, Sobradinho-DF, só há uma pista de atletismo, sem condições de uso e fora das regras estabelecidas pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), por isso não é oficial.Quando Souza está em Brasília, corre no complexo de atletismo do Centro Interescolar de Educação Física (Cief), o único reconhecido pela confederação. Mas a pista apresenta sinais de desgaste em função da sobrecarga de uso. O piso sintético, por exemplo, está descolado.
O Governo do Distrito Federal administra a maioria das pistas de atletismo. Exceto a do Cief, todas apresentam irregularidades no sistema de drenagem, piso, iluminação e medidas. Para a esperança dos corredores, a Secretaria de Esporte e Lazer do GDF autorizou obras nos centros de atletismo de Sobradinho e Ceilândia, mas as reformas estão paralisadas, por falta de planejamento.
Há também uma luz para o jornalismo esportivo. Na internet, o meio de comunicação mais democrático do mundo, pessoas postam informações diversificadas relacionadas a vários esportes.

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