A biblioteca Nacional apesar de inaugurada há dois anos não recebe leitores.
A Biblioteca Nacional faz parte do Complexo Cultural da República. A obra foi inaugurada duas vezes em 2006, no governo passado, mas até hoje as pessoas não podem usufruir o espaço para leitura.
O que está aberto ao público é a sala para aulas de informática, que são gratuitas.
Apesar de já ter sido gasto seis milhões na compra de livros, reformas e móveis o acervo que tem capacidade para 250 mil livros, conta com apenas 50 mil títulos.
As imagens da reportagem do DFTV são de abandono. Há alguns livros nas estantes. Outros, encaixotados. Cadeiras umas por cima das outras como se o local nunca tivesse sido inaugurado.
Na reportagem, o diretor da biblioteca Nacional, Antônio Miranda disse que precisa de mais quatro milhões para finalizar a obra. Esse dinheiro deve ser liberado pelo GDF e pelo governo federal. Enquanto a verba não é liberada, a biblioteca de 10 mil metros quadrados se encontra vazia, apenas com a presença dos funcionários. E segundo a reportagem, precisa-se de mais funcionários. O diretor do espaço afirma que alguns serão remanejados e chamarão concursados através de projetos de cooperação para completar a equipe de profissionais.
Além disso, há outros problemas no espaço. No primeiro andar, há uma passagem onde pássaros e poeira entram livremente. As salas de leitura individual são muito pequenas e mal ventiladas. À tarde, o sol que atravessa as vidraças torna o ambiente impróprio para os livros. O que parece é que a obra foi feita de forma impensada, com uma estrutura que não atende a uma biblioteca.
De acordo com a reportagem, o diretor pretende reinaugurar a biblioteca na primeira semana de setembro desse ano. Contudo, o último andar do prédio não será utilizado, a justificativa é que a verba recebida não é suficiente para a ocupação do todo o prédio.
Com tantos ajustes é de se esperar que essa reinauguração seja adiada. Ou provavelmente seja feita outra reinauguração após a verba para utilização do último andar do prédio. Afinal por que inaugurar o prédio novamente se ainda têm um andar inteiro do prédio sem utilização.
É esperar que a obra que deveria atender a população e enriquecer a cultura brasiliense não seja novamente posta de lado, vazia, esperando por estrutura, livros e leitores.
Bianka de Sousa Barbosa
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