sexta-feira, 23 de maio de 2008

Xenofobia e governo ausente

Alexandre Luiz, Eduardo Melo, Guilherme de Castro e Tiago Viegas

Colocamos a falta de políticas públicas adequadas como a principal causa da intolerância racial na África do Sul. Os moradores das periferias de Johannesburgo matam imigrantes, que buscam melhores condições de vida na cidade sul-africana. Desde o dia 20 de maio, as autoridades contabilizaram mais de 42 mortos. Um dos métodos utilizado pelos criminosos é colocar um pneu no pescoço do estrangeiro e incendiá-lo.

O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, ordenou a ida do exército do país para as zonas de conflito. Mas não basta só agora os governantes do continente africano e do mundo inteiro agirem para combater os assassinatos em série. Deviam ter prevenido os confrontos ao oferecerem saúde, emprego, educação e segurança pública para os africanos incluídos nas classes menos favorecidas. Afinal, os estrangeiros que estão na periferia de Johannesburgo disputam benefícios sociais com os habitantes locais.

Há uma diferença de tratamento das autoridades entre os moradores das periferias e as áreas mais ricas da capital sul-africana. Os autores dos crimes temem perder o pouco espaço que têm na sociedade. Se o governo não é capaz de oferecer condições básicas de sobrevivência para toda a população da África do Sul, resta buscar meios a fim de diminuir a lacuna existente entre os ricos e os pobres no país.

A mídia jornalística do Brasil não questionou os governantes com relação a atitudes para combater os problemas sociais naquele continente.

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