O alto preço atinge até os alimentos mais básicos da alimentação dos brasileiros. E o desequilíbrio entre quantidade de alimentos e demanda no mundo, assusta.
Bianka de Sousa Barbosa
Quem costuma ir ao supermercado fazer as compras para a casa sabe que os preços dos alimentos estão bem mais caros. O que pouco se sabe é que grande parte desse valor é de impostos.
A reportagem do Jornal Nacional mostrou na noite desta quinta-feira que pelo menos seis tributos estão embutidos no preço dos alimentos. No caso do feijão 15% do que o consumidor paga é imposto. Nos biscoitos, o número chega a 37%, na carne bovina 17% e ovos 20%.
Com a ameaça da inflação o governo anuncia que diminuirá os impostos sobre o pão francês. O que segundo o governo seria uma compensação pelos aumentos de preço. Mas como não só de pão vive o homem, o consumidor continuará pagando alto pela alimentação básica como feijão e arroz.
O aumento da carga tributária é outro problema apontado pela reportagem. E a comparação do Brasil com Estados Unidos e Inglaterra sobre o preço dos impostos sobre alimentos mostra que a disparidade é grande. Nos países ricos o preço é mais baixo, enquanto no Brasil onde a pobreza e a fome são bem maiores os impostos chegam a 22,5% contra 15,6 da Inglaterra e 14,2 nos Estados Unidos.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo os preços dos alimentos devem continuar altos. Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) aponta que o aumento na demanda e a necessidade de repor estoques devem fazer com que os preços continuem altos.
De acordo com o estudo os países que importam alimento são os que mais sofrem, pois enfrentam um aumento de 40% em relação a ano passado.
A Folha de São Paulo trás uma visão mais otimista afirmando que segundo relatório da FAO os preços altos levaram a um aumento na produção de alguns alimentos e, por isso, as próximas colheitas devem ser boas.
A questão parece mais alarmante. O aumento dos preços tem ligação direta com o desequilíbrio entre demanda e quantidade de alimentos. Enquanto a quantidade de alimentos é pequena a demanda cresce. E o resultado é que se compra menos e se paga muito mais levando a uma alimentação deficiente e dificultando o acesso à alimentação as camadas mais pobres.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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