Cecília Lopes, Gabriel Guimarães, Heloisa Caixêta e Milton Junior
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou ontem a constitucionalidade do artigo 5° da Lei de Biossegurança, que permite pesquisas com células-tronco. A margem apertada de votos - seis favoráveis e cinco parcialmente favoráveis - provocou discussão também fora do campo jurídico. A mídia debateu o assunto, mas preferiu adotar uma linha editorialista, em vez da informativa. Nas edições de hoje dos jornais nacionais, o tema virou manchete.
A Folha de S.Paulo foi o jornal que mais abusou da opinião. Do espaço destinado a discussão do assunto, 75% foi opinativo e favorável à decisão. A capa do Correio Braziliense trouxe a manchete "A favor da vida",o que demonstra também, o posicionamento do jornal, além do uso da ironia (aprovar pesquisa com células-tronco seria um ato contra a vida, argumentavam os opositores da decisão). O Correio publicou, na primeira página, um quadro contendo a opinião do editor. As matérias abordaram com destaque o lado dos “vencedores”, entrevistando políticos e cientistas que apoiaram as pesquisas com células-tronco.
Isso demonstra algo que parece nortear as discussões nos demais jornais nacionais quando o foco é o debate de assuntos polêmicos e importantes para o país. Nesse caso, a mídia fez o jogo de um lado da questão e foi na contramão do que tem sido ensinado nas faculdades de jornalismo desde o primeiro semestre: cobertura isenta de opiniões e diversidade de opiniões.
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou ontem a constitucionalidade do artigo 5° da Lei de Biossegurança, que permite pesquisas com células-tronco. A margem apertada de votos - seis favoráveis e cinco parcialmente favoráveis - provocou discussão também fora do campo jurídico. A mídia debateu o assunto, mas preferiu adotar uma linha editorialista, em vez da informativa. Nas edições de hoje dos jornais nacionais, o tema virou manchete.
A Folha de S.Paulo foi o jornal que mais abusou da opinião. Do espaço destinado a discussão do assunto, 75% foi opinativo e favorável à decisão. A capa do Correio Braziliense trouxe a manchete "A favor da vida",o que demonstra também, o posicionamento do jornal, além do uso da ironia (aprovar pesquisa com células-tronco seria um ato contra a vida, argumentavam os opositores da decisão). O Correio publicou, na primeira página, um quadro contendo a opinião do editor. As matérias abordaram com destaque o lado dos “vencedores”, entrevistando políticos e cientistas que apoiaram as pesquisas com células-tronco.
Isso demonstra algo que parece nortear as discussões nos demais jornais nacionais quando o foco é o debate de assuntos polêmicos e importantes para o país. Nesse caso, a mídia fez o jogo de um lado da questão e foi na contramão do que tem sido ensinado nas faculdades de jornalismo desde o primeiro semestre: cobertura isenta de opiniões e diversidade de opiniões.
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