sexta-feira, 16 de maio de 2008

A saída de Marina do Ministério não levanta debate sobre meio-ambiente

Grupo: Cecília Lopes, Gabriel Guimarães, Heloisa Caixêta e Milton Junior
Na tarde de terça-feira, começou a circular na internet que a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, havia pedido demissão. As edições dos jornais impressos e telejornais escolhidos para serem analisados, Correio Braziliense, Folha de S.Paulo, Jornal Nacional e Jornal da Record, cobriram o fato diariamente. Desde a noite de terça o caso ganhou destaque.

Pode-se dizer que a cobertura foi estritamente política. Nas edições, a preocupação da notícia girou em torno de quem seria o substituto de Marina na Pasta e qual seria o motivo da saída da ex-ministra. Nos jornais internacionais, o assunto foi repercutido veementemente. Destacaram que é uma grande perda para o país e que a ex-ministra vai levar no currículo uma ótima gestão. Os temas foram noticiados à exaustão. No mesmo dia, no Jornal Nacional, foi anunciado o novo ministro, Carlos Minc, secretário de Meio Ambiente do estado do Rio de Janeiro. No dia seguinte, com informações mais apuradas e precisas, os jornais impressos deram destaque ao motivo que teria levado Marina a se demitir: pressões internas do governo. As matérias mostraram que as idéias de desenvolvimento sustentável do meio-ambiente, principalmente da Amazônia, contrariavam as idéias desenvolvimentistas e econômicas do governo. Exemplificaram que Marina perdeu disputas para o governo em questões de licitações para reformas estruturais e do uso de transgênicos no agronegócio.

Houve pouco espaço para questões ambientais. A cobertura deu pouco espaço para o que pode mudar de fato nas políticas ambientais. Na televisão, apenas o Jornal da Record ouviu opiniões de especialistas.

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