Mais um ano chega, mais um ano passa e a dengue, por incrível que pareça, continua causando vítimas no Brasil. Apesar da histeria mundial ter como foco a "temida" gripe suína - para tentar tirar os porquinhos da reta, rebatizada de gripe A - quem continua matando e causando milhares de vítimas é uma velha conhecida dos brasileiros: a dengue.
Os meios de comunicação têm retratado o assunto informando as conseqüências e o que tem sido feito para remediar a situação da doença no país. Para isso, utiliza dados comparativos como número de doentes e vítimas fatais. Entrevistas, artigos, notícias, notas, carta dos leitores são alguns dos canais utilizados para abordar o tema.
Dois casos foram noticiados em vários veículos de grande circulação. O primeiro, o caso do menino Kayo Vinicius Santos da Silva, 4 anos, morto com dengue hemorrágica após três diagnósticos diferentes. O segundo, o dado alarmante de que a dengue no Brasil mata seis vezes mais do que Organização Mundial de Saúde aceita.
Mesmo depois de um verão massificado pelos noticiários, os médicos ainda não conseguem diagnosticar uma doença como a dengue num ambiente totalmente infestado pelo mosquito. O despreparo de profissionais da saúde e da população com relação a prevenção e aos sintomas tem feito o número de mortos pelo doença ser infinitamente superior ao da Influenza A.
É Importante também difundir o dado de que a dengue mata muito acima do aceitável. Afinal, um país que se orgulha tanto de seus feitos econômicos e simplesmente não demonstra capacidade para conter um surto nos leva a refletir: será que estão dando importância ao que de fato importa?
Mas não é o só o governo o vilão desta história. Existe algo crônico em todas as matérias. Passada as chuvas, não há nada sobre a prevenção da doença nos jornais impresso, de rádio e de televisão e isso é algo que preocupa. Dá a impressão que as mídias apenas repercutem, quando deveriam contribuir reforçando a prevenção como forma de contenção do problema.
A forma como as notícias foram veiculadas na semana da análise em questão denota que a responsabilidade em conter a doença é apenas do governo, o que não é bem assim. Todo meio de comunicação sério tem por obrigação alertar a população e não apenas alarmar. A conscientização depende de informação e as mídias são o caminho mais eficaz para esta ação. Neste caso, prevenir é muito mais barato do que remediar. E isto, é muito mais fácil do que parece.
Andrea Ribeiro, Luciana Magarão e Valquíria Lima
domingo, 24 de maio de 2009
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