sexta-feira, 29 de maio de 2009

Setor privado ou público: quem está com a razão?

Nesta segunda, 25, o Banco do Brasil (BB) aumentou em R$ 13 bilhões de reais nos limites de crédito de 10 milhões de clientes pessoa física, um terço da clientela dessa categoria. A instituição também reduziu as taxas de juros cobradas às pessoas físicas, em média, 6,19%, em nove tipos de financiamentos. A expectativa do BB é aumentar a carteira de créditos de pessoas físicas para R$ 100 bilhões até 2012. O texto do jornal Estadão tem uma linguagem simples, sem adjetivações. As informações são bem distribuídas e termos econômicos são traduzidos de modo a tornarem-se acessíveis ao leitor. O texto é realista e imparcial, o que confere credibilidade ao veículo. O jornal não se pronunciou em alguns detalhes, nos quais outros veículos se contradisseram ou mostraram-se parciais. O jornal O Globo, por sua vez, noticiou as mudanças do BB no primeiro parágrafo seguidas de uma informação negativa sobre a instituição. Os dados mais importantes da notícia não estavam no lead da matéria. Dentre os veículos analisados, o jornal O Globo foi o que mais proporcionou riqueza de detalhes e entrevistas. A matéria desfavoreceu a notícia. A divulgação da CBN foi curta, simples e sem muitos detalhes. Parece ter sido pouco apurada, pois, em alguns pontos, entrou em discordância com quase todos os veículos analisados, em relação à quantia disponibilizada este ano e ao viés político. A rádio AM Nacional Brasília transmitiu a notícia com viés extremamente positivo pelo uso de palavras que causaram a impressão de que o BB fez grandiosidades.Informou que o banco tem 32 milhões de correntistas, citado pela rádio. O Globo refere-se a 29, 30 milhões. Informações foram repetidas durante a matéria para enfatizar os benefícios das mudanças e foram divulgados apenas dados positivos da instituição, sem informar qualquer possibilidade de riscos relacionados às ultimas decisões. Credita-se a parcialidade da rádio ao fato de ser pública, assim como o Banco do Brasil.
O telejornal Globo News pareceu irônico pelo uso de palavras no diminutivo e pela entonação da repórter. Foi o único veículo que afirmou o anúncio oficial da nova linha de crédito apenas no dia 28/05. A linguagem do telejornal é clara, simples e direta. Contudo, em alguns momentos a reportagem pareceu partidária. O telejornal Band News deu um tom negativo à notícia.. A tradução de termos econômicos trouxe fácil compreensão à notícia. Houve uma grande contradição política entre os veículos. Acredita-se que as diferenças políticas são por razões econômicas. O telejornal Globo News e CBN foram politicamente contra a instituição. As rádios, por questão de pressa em noticiar, acabaram em maiores contradições. Os veículos públicos e privados apresentam grandes diferenças de foco na notícia. Enquanto os veículos públicos favorecem a imagem do BB, alguns privados fazem questão de desvalorizar a notícia. O Estadão mostrou-se o jornal mais imparcial e responsável ao preferir omitir-se ao contradizer-se. As duas rádios analisadas foram os veículos de mais divergências técnicas e contradições políticas.

Marianna Stumm Domenici, Maraíza Oliveira, Myllie Muenzer e Rafael Mouad

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