Afinal, é necessário passar por uma faculdade para exercer a profissão de jornalista? Muito se discute a partir dessa incógnita. Alguns defendem que, sim (!), é preciso receber uma formação específica para a profissão. Outros ponderam que não (?) é necessário tanto rigor. Nesse debate, seguem as discussões... ora por grupos de trabalho, instituídos pelos ministérios “x” e “y”, ora por acadêmicos e graduandos do curso de Comunicação Social. O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, já concedeu liminar autorizando o exercício da profissão à pessoas que trabalham na área sem possuir o diploma. Para a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) a prática é questionável.
Nesse ínterim, sobrou até para o ministro da educação, Fernando Haddad. O alarde foi causado a partir da decisão do MEC em realizar estudos sobre a possibilidade de autorizar profissionais, que tenham qualquer formação universitária, a exercer a profissão de jornalista. Dentro desse balaio de gato, o ministro também quer discutir as diretrizes dos cursos oferecidos na área... o objetivo? Passar por uma supervisão do MEC, como já aconteceu com outros cursos como direito, medicina e pedagogia.
Nesse contexto, com os ânimos acirrados, o ministro abrandou o discurso. Em matéria veiculada pela Agência de Notícias Folha On Line, Haddad garante que a discussão, no âmbito do MEC, não entra no mérito do jornalismo, apenas busca que as instituições ofereçam uma boa formação acadêmica para os jornalistas. Contemporiza, ainda, que para um profissional formado em outra área ser habilitado para exercer a profissão seria necessário cursar disciplinas essenciais para a formação na área, como técnica de reportagem, ética e redação.
Novamente, a Fenaj brada: “a proposta do ministro é inoportuna”. Mas a preocupação maior é com o STF. Afinal, o relator Gilmar Mendes, defende a não exigência de diploma para exercer a profissão midiática. Nesse vai e vêm os interessados (efetivamente) ficam a ver navios. Afinal, a maioria dos veículos não explora o assunto como deveria. A alegação poderia ser a falta de público... poderia ser uma desculpa... se não houvesse cerca de 28 mil novos jornalistas (formados!) por ano, de acordo com as estatística do MEC.
Na televisão, pouco espaço. No Rádio idem. Nos Jornais Impressos, informação parca. A salvação (se é que ela existe!) são as agências de notícia... Mas o espanto é geral... não seria um assunto de interesse (quase que exclusivo!) de tais veículos? Porque o boicote?
Como sempre, a discussão deve ficar relegada ao meio acadêmico e contar com notinhas (basicamente!) falando das decisões do STF. E você, caro leitor, o que acha disso tudo?
Camila Costa, Jaqueline Silva, Layla Fuezi, Natália Pereira, Samuel Júnior e Tamara Almeida
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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