Tem quase quatro meses que a Lei 11.705 entrou em vigor. A Lei prevê mais rigor ao motorista que gosta de tomar umas e outras. Está colocando juízo na cabeça de uns e causando problema na vida de outros. As pessoas que gostavam de tomar uma ou duas cervejinhas para descontrair, agora não podem mais. Aqueles que gostavam de tomar todas e voltar de carro estão mais cuidadosos, das duas uma: vai de carona ou não bebe.
Entretanto, para tudo se dá um jeito. Jovens já estão arrumando maneiras maquiavélicas de driblar o bafômetro. Saiu no G1 essa semana uma reportagem sobre o Metadoxil, é um medicamento derivado da vitamina B6 que foi criado para ajudar pessoas em tratamento contra o alcoolismo crônico ou agudo, mas, em vez disso o medicamento está sendo usado por jovens que querem sair para as baladas e beber cerveja, vodca, uísque.
De qualquer forma a lei veio para ficar e disciplinar os motoristas inconseqüentes. O Jornal da Record e o site G1 noticiaram a primeira cassação da carteira de habilitação por desrespeito à lei seca. O mineiro Elisson Alair Miranda teve a carteira cassada por reincidência. O Estadão anunciou que o Ministério da Justiça vai destinar R$ 70 milhões para compra de 10 mil bafômetros. O Ministério constatou que caiu o ritmo de acidentes causados no trânsito por motoristas bêbados. Agora, em qualquer blitz de trânsito, o sopro no bafômetro será procedimento de rotina.
As rádios CBN Brasil e Band News FM estão mais interessadas na crise financeira americana do que na tão polêmica lei seca. Nenhum dos 29 colunistas da Band News ou os 18 respeitados comentaristas da CBN Brasil fizeram uma matéria, análise, comentário, crítica sobre a lei seca.
Os impressos se dividiram. O Jornal de Brasília, que vinha atualizando os resultados, fechou a cara para o assunto e não publicou nada. O jornal O Globo equilibrou a balança tanto com matérias narrando casos específicos, como blitz em São Paulo que levou motorista para delegacia, até a decisão do Governo de comprar 10 mil bafômetros.
Uns contra, outros a favor, a questão é que agora a lei seca deve ser respeitada. Fazer convênio com táxis, praticar o transporte solidário ou até mesmo se abster daquela cerveja marota é a saída para não ter um prejuízo maior.
Ana Cândida Pena, Caroline Moraes, Fabíola Souza, Letícia Abreu, Luana Carvalho, Morena Mascarenhas
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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